17 de mar. de 2012

quando fores velha



quando fores velha, grisalha, vencida pelo sono,
dormitando junto à lareira, toma este livro,
lê-o devagar, e sonha com o doce olhar
que outrora tiveram teus olhos, e com as suas sombras profundas;

muitos amaram os momentos de teu alegre encanto,
muitos amaram essa beleza com falso ou sincero amor,
mas apenas um homem amou tua alma peregrina,
eamou as mágoas do teu rosto que mudava;

inclinada sobre o ferro incandescente,
murmura, com alguma tristeza, como o Amor te abandonou
e em largos passos galgou as montanhas
escondendo o rosto numa imensidão de estrelas.
w.b. yeats

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