plastico

os frêmitos da fran, pixels feito frames

/ por Ricardo Pedrosa Alves /

algumas coisas que não fossem dessa casa
vazam do osso de poses de peixes num aquário de página
básicas como chantilly ou folículos que o rabo abana
num drama de sair da fera dos dias pululando pelo esfíncter
ou como bolhas de um nome cinza brilho vazio de britas e cromo
granizo em riste e o pulso fremente em kike
tudo o que se esconde na boca de pus
peixe com asma e pose de avestruz sem gargarejo
o escuro de um dano inevitável como armar o engano para que nunca se rompa
à maneira de um útero de luxo seu escuro escravo da calma
a pedra bruta do chocomilk nas pupilas de lata na lata na lata na lata
outro mapa do esconderijo talvez lido ao avesso do umbigo
como se enfim o inimigo estivesse dentro
flanando em nós sob a aparência de flores
carpindo o marejado e o que não pode ter nome ou kike tatuado na água
cada pedaço sem linha de margem e à espera de sutura
coisas que não fossem mesmo dessa casa
e ainda assim não caíssem dela


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janeiro/13