ouço o
sermão das nuvens.
minha
boca está cheia de silêncio
as
árvores conversam entre si.
através
da distância imensa vejo o vôo da coruja branca
meço a
pressão arterial e a solidão da floresta
ao
anoitecer deito-me sobre as pastagens
o vento
murmura meu nome
a lua faz
guarida no escuro
estou
calma como quem vive descalço
aglutino-me
às plantas,
sinto a
pulsação delas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário